segunda-feira, 4 de julho de 2011
sábado, 4 de junho de 2011
Reflexão de Leonardo Boff
Fez-se vingança, não justiça - Leonardo Boff
"Alguém precisa ser inimigo de si mesmo, e contrário aos valores humanitários mínimos, se aprovasse o nefasto crime do terrorismo da Al Qaeda do 11 de novembro de 2001, em Nova Iorque. Mas é por todos os títulos inaceitável que um Estado, militarmente o mais poderoso do mundo, para responder ao terrorismo se tenha transformado, ele mesmo, num Estado terrorista. Foi o que fez Bush, limitando a democracia e suspendendo a vigência incondicional de alguns direitos, que eram apanágio do país. Fez mais, conduziu duas guerras, contra o Afeganistão e contra o Irã, onde devastou uma das culturas mais antigas da humanidade na qual foram mortos mais de cem mil pessoas e mais de um milhão de deslocados.
Cabe renovar a pergunta que quase a ninguém interessa colocar: por que se produziram tais atos terroristas? O bispo Robert Bowman, de Melbourne Beach da Flórida, que fora anteriormente piloto de caças militares durante a guerra do Vietnã respondeu, claramente, no National Catholic Reporter, numa carta aberta ao Presidente: ”Somos alvo de terroristas porque, em boa parte no mundo, nosso Governo defende a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos de terroristas porque nos odeiam. E nos odeiam porque nosso Governo faz coisas odiosas”.
Não disse outra coisa Richard Clarke, responsável contra o terrorismo da Casa Branca numa entrevista a Jorge Pontual emitida pela Globonews de 28/02/2010 e repetida no dia 03/05/2011. Havia advertido à CIA e ao Presidente Bush que um ataque da Al Qaeda era iminente em Nova York. Não lhe deram ouvidos. Logo em seguida ocorreu, o que o encheu de raiva. Essa raiva aumentou contra o Governo quando viu que com mentiras e falsidades Bush, por pura vontade imperial de manter a hegemonia mundial, decretou uma guerra contra o Iraque que não tinha conexão nenhuma com o 11 de setembro. A raiva chegou a um ponto que por saúde e decência se demitiu do cargo.
Mais contundente foi Chalmers Johnson, um dos principais analistas da CIA, também numa entrevista ao mesmo jornalista no dia 2 de maio do corrente ano na Globonews. Conheceu por dentro os malefícios que as mais de 800 bases militares norte-americanas produzem, espalhadas pelo mundo todo, pois evocam raiva e revolta nas populações, caldo para o terrorismo. Cita o livro de Eduardo Galeano "As veias abertas da América Latina” para ilustrar as barbaridades que os órgãos de Inteligência norte-americanos por aqui fizeram. Denuncia o caráter imperial dos Governos, fundado no uso da inteligência que recomenda golpes de Estado, organiza assassinato de líderes e ensina a torturar. Em protesto, se demitiu e foi ser professor de história na Universidade da Califórnia. Escreveu três tomos "Blowback” (retaliação) onde previa, por poucos meses de antecedência, as retaliações contra a prepotência norte-americana no mundo. Foi tido como o profeta de 11 de setembro. Este é o pano de fundo para entendermos a atual situação que culminou com a execução criminosa de Osama Bin Laden.
Os órgãos de inteligência norte-americanos são uns fracassados. Por dez anos vasculharam o mundo para caçar Bin Laden. Nada conseguiram. Só usando um método imoral, a tortura de um mensageiro de Bin Laden, conseguiram chegar ao seu esconderijo. Portanto, não tiveram mérito próprio nenhum.
Tudo nessa caçada está sob o signo da imoralidade, da vergonha e do crime. Primeiramente, o Presidente Barack Obama, como se fosse um "deus” determinou a execução/matança de Bin Laden. Isso vai contra o princípio ético universal de "não matar” e dos acordos internacionais que prescrevem a prisão, o julgamento e a punição do acusado. Assim se fez com Hussein do Iraque, com os criminosos nazistas em Nürenberg, com Eichmann, em Israel e com outros acusados. Com Bin Laden se preferiu a execução intencionada, crime pelo qual Barack Obama deverá um dia responder. Depois se invadiu território do Paquistão, sem qualquer aviso prévio da operação. Em seguida, se seqüestrou o cadáver e o lançaram ao mar, crime contra a piedade familiar, direito que cada família tem de enterrar seus mortos, criminosos ou não, pois por piores que sejam, nunca deixam de ser humanos.
Não se fez justiça. Praticou-se a vingança, sempre condenável. ”Minha é a vingança” diz o Deus das escrituras das três religiões abraâmicas. Agora estaremos sob o poder de um Imperador sobre quem pesa a acusação de assassinato. E a necrofilia das multidões nos diminui e nos envergonha a todos".
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Soneca na praça do Carmo - Boa pra cachorra!!
domingo, 15 de maio de 2011
Gabi!!!

E chegou a nossa tão esperada Gabi, pra nosso deleite e confirmação diária do amor do Pai...
Estou curtindo as fotos dos murais de Rodrigo e Andreia no Facebook, com os olhos cheios d'agua e ouvindo Paula Fernandes pra acabar de iluminar este domingo.
Nos dias de avassalagem da indiferença e do desamor, momentos como este devem ser curtidos especialmente, tão quanto a um vinho raro ou um beijo da mulher amada (to com muita saudade da minha).
Guardem nos olhos estes momentos, pois isso ninguém nos toma, não se compra e foi conquistado com muita luta e desde os tempos que a Califórnia deixou a poeira que nos faz diferentes amantes do simples afeto.
A roda dos quatro bisavós lá em cima parou o jogo pra apreciar também esta chegada. Impossível não acreditar na cena dos velhinhos se abraçando e todos ficando com as costas vermelhas dos tapas empolgados do Tonico.
Bem-vinda Gabi, abra o caminho pra esta nova história, a vez da geração que vai contar as nossas histórias e vai transformar, com certeza, em parábolas evangelizadoras das nossas vidas.
Beijos, muitos beijos a todos
domingo, 24 de abril de 2011
Julio Diran Coelho
Então a minha conclusão inicial foi achar que havia outra força me afligindo mais. Quando estava viajando para Varginha e voltei a refletir sobre o acontecido, veio o Espirito Santo e falou a versão correta do fato: Filho, comigo nem o vidro se quebra, tenha fé e siga em frente!
A vida mostra ensinamentos diários e cabe a nós buscar a forma corretta de encará-los.